As crises silenciadas pela modernidade e pelas tecnologias da cultura da virtualidade real

Autores

  • Maria Christianni Coutinho Marçal UFPE
  • Sérgio Carvalho Benício de Mello UFPE
  • Maria Iraê de Souza Corrêa Universidade Rural Federal de Pernambuco.

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2012.1.11351

Palavras-chave:

Modernidade, cultura virtual, real

Resumo

Esse artigo visa refletir as crises presentes em nossa cultura contemporânea impregnada pela modernidade e pelos meios de comu-nicação e digitalização que daquela emanam. A primeira crise que refletimos foi a da quebra da promessa da modernidade que se embasava em progresso, democracia e emancipação do homem. A outra crise a qual nos referimos se dá devido à interferência que as tecnologias promovem no âmbito da percepção humana gerando uma espécie de “cegamento” que objetiva, reifica e unifica as representações dos fenômenos cotidianos interpelando e desestabilizando os referenciais éticos e estéticos que dão sentido às experiências e que constroem a subjetividade humana, as relações sociais e a vida política, nos fazendo repensar o que vem a ser considerado o real.

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Como Citar

Marçal, M. C. C., de Mello, S. C. B., & Corrêa, M. I. de S. (2012). As crises silenciadas pela modernidade e pelas tecnologias da cultura da virtualidade real. Revista FAMECOS, 19(1), 249–263. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2012.1.11351

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