Funcionalidade e risco de quedas de idosos participantes de um grupo de convivência de Flores da Cunha, RS

Autores

  • Gabriela Oliboni Fiorio Centro Universitário da Serra Gaúcha
  • Gisele Oltramari Meneghini Centro Universitário da Serra Gaúcha

DOI:

https://doi.org/10.15448/2357-9641.2018.2.31375

Palavras-chave:

idoso, incapacidade e saúde, acidentes por quedas.

Resumo

Introdução: O processo natural de envelhecimento gera diversas consequências sejam físicas, psicológicas e sociais, podendo afetar a funcionalidade e aumentando a incidência de quedas. Estas apresentam diversos impactos na vida de um idoso, como deterioração funcional, hospitalização e institucionalização. Objetivo: Avaliar a funcionalidade e o risco de quedas de idosos participantes de um grupo de convivência.
Métodos: Tratou-se de um estudo transversal, onde os participantes eram idosos integrantes de um grupo de convivência de Flores da Cunha, RS. A coleta de dados foi efetuada por meio da aplicação de quatro instrumentos de avaliação, sendo eles uma ficha inicial de avaliação, Escala de Lawton, Teste de Alcance Funcional Anterior (TA F) e Timed Up and Go Test (TUG).
Resultados: Mesmo por se tratar de idosos ativos, a maioria dos entrevistados afirmou não realizar atividade física. 86,8% da amostra estudada representou ser independente para realizar as atividades instrumentais de vida diária, conforme pontuação na Escala de Lawton. Já nos Testes Alcance Funcional (TA F) e Timed Up and Go Test (TUG), 99,1% dos idosos participantes do estudo deslocaram-se dentro do limite normal de estabilidade anterior e apresentaram baixo risco para quedas.
Conclusão: Quando correlacionadas entre si, a Escala de Lawton, o TA F, o TUG e a idade, mostra-se que o avanço da idade, a capacidade funcional, o equilíbrio, a mobilidade e o risco de quedas estão diretamente associados uns com os outros. Portanto, conclui-se que a maioria dos idosos participantes de grupos de convivência apresentam bom desempenho nos testes funcionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Camarano AA. (Org.). Muito além dos 60: os novos idosos brasileiros. Rio de Janeiro: Ipea; 2004.

Organização Pan-Americana de Saúde. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília (DF); 2005.

Wichmann FMA, Couto AN, Areosa SVC, et al. Grupos de convivência como suporte ao idoso na melhoria da saúde. Rev Bras Geriat Gerontol. 2013;16(4):821-32.

Andrade TP, Mendonça BPCK, Lima DC, et al. Projeto Conviver: Estímulo à Convivência entre Idosos do Catete, Ouro Preto, MG. Rev Bras Educ Méd. 2012;36(1):81-5.

Rizzolli D, Surdi AC. Percepção dos idosos sobre grupos de terceira idade. Rev. Bras. Geriatr Gerontol. 2010;13(2): 225-33.

Del Duca GF, Silva MC, Hallal PC. Incapacidade funcional para atividades básicas e instrumentais da vida diária em idosos. Rev Saúde Públ. 2009;43(5):796-805.

Barbosa BR, Almeida JM, Barbosa MR, et al. Avaliação da capacidade funcional dos idosos e fatores associados à incapacidade. Ciênc Saúde Colet. 2014;19(8)3317-25.

Gonçalves CMM. A qualidade de vida em idosos institucionalizados. Tese de Doutorado; 2015.

Gonçalves R, Gurjão ALD, Gobbi S. Efeitos de oito semanas do treinamento de força na flexibilidade de idosos. Rev Bras Cineantropom Hum. 2007; 9(2):145-53.

Ribeiro AP, Souza ER, Atie S, et al. A influência das quedas na qualidade de vida de idosos. Ciênc Saúde Colet. 2008; 13(4):1265-73.

Celich KLS, Souza SMS, Zenevics L, et al. Fatores que predispõem às quedas em idosos. RBCEH. 2010;7(3): 419-26.

Lawton, M P, Brody, MH. Assessment of older people: Selfmaintaining and instrumental activities of daily living. The Gerontologist. 1969;9(3):179-86.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília (DF); 2006.

Karuka AH, Silva JAMG, Navega MT. Análise da concordância entre instrumentos de avaliação do equilíbrio corporal em idosos. Rev Bras Fisioter. 2011;15(6):460-6.

Gomes GS. Tradução, adaptação transcultural e exame das propriedades de medida da escala “Performance-Orientes Mobility Assessment”(POMA) para uma amostra de idosos brasileiros institucionalizados [Dissertação]. Campinas (SP): Universidade Estadual de Campinas; 2003.

Podsiadlo D, Richardon S. The timed “Up & Go”: a test of basic functional mobility for frail elderly pearsons. J Am Geriatr Soc. 1991;39(2):142-8.

Bischoff HA, Stähelin HB, Monsch AU, et al. Identifying a cut-off point for normal mobility: A comparison of the timed ‘up and go’ test in community-dwelling and institutionalised elderly women. Age Ageing. 2003;32(3):315-20.

Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento. Brasília (DF); 2010.

Miranda LCV, Soares SM, Silva PAB. Qualidade de vida e fatores associados em idosos de um Centro de Referência à Pessoa Idosa. Ciênc Saúde Colet. 2016;21(11):3533-44.

Costa LSV, Sousa NM, Alves AG, et al. Análise comparativa da qualidade de vida, equilíbrio e força muscular em idosos praticantes de exercício físico e sedentários. Rev Facul Montes Belos. 2015;8(3):61-179.

Celich KLS, Galon C. Dor crônica em idosos e sua influência nas atividades da vida diária e convivência social. Rev Bras Geriat Gerontol. 2009;12(3):345-59.

Gomercindo MCH, Garcez EMS. Avaliação da capacidade funcional de idosos de uma comunidade do município de Porto União em Santa Catarina. Rev. Saúde Públ. Santa Catarina 2012; 5(2):30- 45.

Barbosa MH, Bolina AF, Tavares JL, et al. Sociodemographic and health factors associated with chronic pain in institutionalized elderly. Rev Latinoam Enfermagem. 2014; 22(6):1009-16.

Campos MPS, Vianna LG, Campos AR. Os testes de equilíbrio Alcance Funcional e “Timed Up and Go” e o risco de quedas em idosos. Revista Kairós Gerontologia. 2013; 16(4):125-38.

Maciel ACC, Araújo LM. Fatores associados como alterações na velocidade de marcha e força de preensão manual de em idosos institucionalizados. Rev Bras Geriat Gerontol. 2010; 13(2):179-89.

Lustosa LP, Marra TA, Pessanha FPAS, et al. Fragilidade e funcionalidade entre idosos frequentadores de grupos de convivência em Belo Horizonte, MG. Rev Bras Geriat Gerontol. 2013; 16(2):347-54.

Guerra HS, Bernardes DCF, Santana JA, et al. Avaliação do risco de quedas em idosos da comunidade. Rev Saúde Com. 2017; 13(2):879-86.

Souza CC, Valmorbida LA, Oliveira JP, et al. Mobilidade funcional em idosos institucionalizados e não institucionalizados. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2013;16(2):285-93.

Ferratin AC, Borges CF, Morelli JGS, et al. A execução de AVDS e mobilidade funcional em idosos institucionalizados e não-institucionalizados. Fisioter Mov. 2007;20(3): 115-21.

Almeida ST, Soldera CLC, Carli GA, et al. Análise de fatores extrínsecos e intrínsecos que predispõem a quedas em idosos. Rev Assoc Med Bras. 2012; 58(4):427-33.

Álvares LM, Lima RC, Silva RA. Ocorrência de quedas em idosos residentes em instituições de longa permanência em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad Saúde Pública. 2010; 26(1):31-40.

Downloads

Publicado

2018-12-21

Como Citar

Fiorio, G. O., & Meneghini, G. O. (2018). Funcionalidade e risco de quedas de idosos participantes de um grupo de convivência de Flores da Cunha, RS. PAJAR - Pan-American Journal of Aging Research, 6(2), 50–57. https://doi.org/10.15448/2357-9641.2018.2.31375

Edição

Seção

Artigo Original