Os prontuários do manicômio judiciário do Estado de São Paulo (1897-1930) como fonte para o historiador: possibilidades e limitações

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/21778-3748.2018.2.26267

Palavras-chave:

Prontuários médicos, Manicômio Judiciário, São Paulo

Resumo

O artigo em questão trata dos prontuários psiquiátricos do antigo Manicômio Judiciário do Estado de São Paulo, com recorte cronológico de 1897 a 1930, custodiados pelo Arquivo Público do Estão de São Paulo (APESP). Esses prontuários foram descritos através de um projeto do grupo Programa de Ensino Tutorial (PET) – História/Unifesp, iniciado em 2013, para a produção de um instrumento de pesquisa. O artigo analisa essa espécie documental, discutindo suas possibilidades e limitações como fonte de pesquisa, levando em conta a natureza de produção dessa fonte, mas refletindo sob a perspectiva da historiografia.Para tanto, foi fundamental uma breve introdução da trajetória do acervo documental, a história administrativa da instituição e uma análise da estrutura desse tipo documental ao longo das três décadas do recorte cronológico proposto. Inclusive, tratando-se de uma documentação sensível, todos os cuidados com a memória dos pacientes e seus familiares foram respeitados.

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Biografia do Autor

Augusto Nalini Aigner de Paula, Universidade Federal de São Paulo

Graduando do curso de Licenciatura em História na Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

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Publicado

2018-12-18

Como Citar

Aigner de Paula, A. N. (2018). Os prontuários do manicômio judiciário do Estado de São Paulo (1897-1930) como fonte para o historiador: possibilidades e limitações. Oficina Do Historiador, 11(2), 76–95. https://doi.org/10.15448/21778-3748.2018.2.26267

Edição

Seção

Artigos