O que, afinal, significa afinal?

Autores

  • Konrad Szczesniak Universidade da Silésia

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2015.1.19694

Palavras-chave:

Marcadores discursivos, Implicatura convencional, Desenvolvimento diacrônico, Persistência.

Resumo

O presente estudo concentra-se no desenvolvimento diacrônico, no comportamento e no sentido do marcador discursivo afinal em português. É apresentada uma discussão de dois efeitos semânticos de afinal e uma breve revisão da história de seu uso. A visão dos sentidos concessivos e justificativos convencionalizados proposta na literatura será questionada e será apresentada uma análise alternativa, segundo a qual o marcador afinal se aproveita de suas propriedades formais, preservadas através do principio de persistência, para ativar inferências de foco enfático.

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Biografia do Autor

Konrad Szczesniak, Universidade da Silésia

Konrad Szcześniak trabalhou na Universidade do Porto em Portugal e na Educational Testing Service, em Princeton NJ, Estados Unidos; atualmente trabalha no Instituto da Língua Inglesa da Universidade da Silésia, Polônia. Está interessado na aquisição de fala e organização da linguagem no âmbito da linguística cognitiva. Estuda a forma, uso e sentidos de construções gramaticais em inglês, polonês e português. É autor de publicações na área de linguística e vários artigos de divulgação científica (na Ciência Hoje). É co-redator do livro Awareness in Action. The Role of Consciousness in Language Acquisition (Editora Springer Verlag). É doutor em linguística pela Universidade da Silésia.

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Publicado

2015-07-15

Como Citar

Szczesniak, K. (2015). O que, afinal, significa afinal?. Letrônica, 8(1), 137–147. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2015.1.19694