Afinal, a quem pertence uma carta?

Autores

  • Leandro Garcia Rodrigues Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2015.1.19229

Palavras-chave:

epistolografia, carta, literatura.

Resumo

Cada vez mais, os estudos sobre o Gênero Epistolar, no Brasil, avançam e já deixam a sua marca. Desde 2000, com a publicação do primeiro volume da Coleção Correspondência Mário de Andrade, organizada pelo Instituto de Estudos Brasileiros da USP, a Epistolografia tem recebido uma considerável sistematização nos Estudos Brasileiros. Por esta razão, certas questões e dúvidas vêm surgindo ao longo destas pesquisas. A partir de uma pergunta – a quem pertence uma carta – desenvolvi as principais ideias deste artigo, já que esta dúvida tem permeado consideravelmente o trabalho dos organizadores de Correspondência. A partir de propostas extraídas de algumas cartas e outros textos teóricos, tento entender e debater o destino de uma carta, seu pertencimento – individual ou coletivo? – e problemas legais e morais envolvidos nesta problemática.

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Biografia do Autor

Leandro Garcia Rodrigues, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Pós-Doutor em Letras pela PUC-RJ;

Doutor em Letras pela PUC-RJ;

Mestre em Letras pela PUC-RJ;

Licenciado em Letras pela Univ. Castelo Branco - RJ.

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Publicado

2015-07-15

Como Citar

Rodrigues, L. G. (2015). Afinal, a quem pertence uma carta?. Letrônica, 8(1), 222–231. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2015.1.19229