A intencionalidade da vontade como faculdade de ação no “De Libero Arbítrio” de Agostinho

Autores

  • Matheus Jeske Vahl Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4012.2017.1.26032

Palavras-chave:

Vontade, Existência, Mundo, Liberdade.

Resumo

A teoria agostiniana da vontade é desenvolvida dentro da elaboração da estrutura fundamental de sua ética, onde o problema acerca da origem do mal e da responsabilidade humana surgem como motivação. Agostinho apresenta a vontade como uma faculdade ativa da alma pela qual o homem exercendo sua liberdade, projeta-se no mundo. Embora seja neutra, ela é suscetível às influências tanto das sensações produzidas pelas relações do homem com o mundo objetivo, quanto do que lhe é transmitido pela razão. Através do entendimento e discernimento destas influências psicológicas, o homem age tanto construindo sua identidade como reduzindo sua condição ontológica.

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Biografia do Autor

Matheus Jeske Vahl, Universidade Federal de Pelotas

Doutorando em Filosofia Medieval pela Universidade Federal de Pelotas sob orientação do professor Sérgio R. Strefling

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Publicado

2017-07-25

Como Citar

Jeske Vahl, M. (2017). A intencionalidade da vontade como faculdade de ação no “De Libero Arbítrio” de Agostinho. Intuitio, 10(1), 33–46. https://doi.org/10.15448/1983-4012.2017.1.26032

Edição

Seção

Epistemologia e Metafísica