A Imparcialidade em John Stuart Mill: uma virtude judicial

Autores

  • everton miguel maciel Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4012.2015.2.18715

Palavras-chave:

Justiça, Liberalismo, Imparcialidade, Democracia, Utilitarismo.

Resumo

O presente artigo explora a ideia de imparcialidade na teoria política de John Stuart Mill. Trata-se de uma virtude judicial importante na história do liberalismo inglês por oferecer uma chave de leitura inédita à dicotomia da liberdade como diametralmente oposta à igualdade, aqui entendida do ponto de vista político e judicial. Vamos discorrer sobre o problema tentando respeitar os parâmetros do utilitarismo clássico administrado ao longo de toda a obra Utilitarianism. Tentaremos mostrar que a imparcialidade está para o ambiente judicial da mesma forma que o conceito de igualdade está para o ambiente político liberal. Defendemos que a imparcialidade representa algum tipo de sanção interna, como uma exigência moral, reclamada somente quando nosso dever é exigido publicamente. A conclusão indicará fatos e valores como pertencentes ao mesmo modelo teórico, sem a possibilidade de se estabelecer um rompimento entre prescritivismo e descritivismo na construção de uma teoria moral com essas características. 

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Publicado

2015-12-03

Como Citar

maciel, everton miguel. (2015). A Imparcialidade em John Stuart Mill: uma virtude judicial. Intuitio, 8(2), 43–55. https://doi.org/10.15448/1983-4012.2015.2.18715

Edição

Seção

Artigos