Percepções sobre a violência no processo de estruturação do MST no Nordeste brasileiro (1985-1995)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-864X.2019.1.31379

Palavras-chave:

MST. História Oral. Camponeses.

Resumo

Este artigo discute as diferentes faces e facetas da violência no Nordeste brasileiro após o fim da ditadura civil militar (1964-1985). Por meio da metodologia em História Oral, problematizamos um conjunto de entrevistas realizadas com lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que, durante os anos de 1980 e 1990, deslocaram-se da região Sul para outras regiões do País, principalmente para o Nordeste, com a tarefa de estruturar o MST nacionalmente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rose Elke Debiazi, Centro Universitário Municipal de São José (USJ)

Pós-doutoranda no Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);

Doutora em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR);

Mestre em Agroecossistemas pela UFSC;

Bacharela e licenciada em História pela UFSC;

Bacharela em Museologia pela UFSC.

Referências

LBERTI, Verena. Manual de História Oral. 3. ed. Rio de

Janeiro: FGV, 2005.

BRASIL. Decreto-lei no 91.766, de 10 de outubro de 1985. Aprova o Plano Nacional de Reforma Agrária – PNRA, e dá outras providências. In: Diário Oficial da União: sessão 1, Brasília, DF, [1985].

Disponível em: http://portalantigo.incra.gov.br/index.php/servicos/publicacoes/pnra-plano-nacional-de-reforma-agraria/ file/481-i-pnra. Acesso em: 23 nov. 2018.

BRENNEISEN, Eliane Cardoso. Relações de poder, domina- ção e resistência: o MST e os assentamentos rurais. Cascavel: Edunioeste, 2002.

CARNEIRO, Ana; CIOCCARRI, Marta. Retrato da Repressão Política no Campo – Brasil 1962-1985. Camponeses torturados, mortos e desaparecidos. 2. ed. Brasília: Ministério do Desen- volvimento Agrário, 2011.

CNBB. Igreja e problemas da terra: Documento aprovado pela 18a Assembleia da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil. In: STEDILE, João Pedro (org.). O debate na esquerda (1960-1980). São Paulo: Expressão Popular, 2005. 2 v.

COMISSÃO CAMPONESA DA VERDADE. Relatório Final da Comissão Camponesa da Verdade – Violações de Direitos no Campo (1946-1988). Brasília, 2014.

Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/Relat%C3%B3rio%20Final%20 Comiss%C3%A3o%20Camponesa%20da%20Verdade%20-%20 09dez2014.pdf. Acesso em: 3 mar. 2019.

COMISSÃO PASTORAL DA TERRA. Conflitos no Campo Brasil 1995. Goiânia: CEDOC Dom Tomás Balduino – CPT, 1996.

Disponível em: https://cptnacional.org.br/component/jdownloads/ send/41-conflitos-no-campo-brasil-publicacao/255-conflitos-no- campo-brasil-1995?Itemid=0. Acesso em: 12 jun. 2018.

CORSO, João Carlos. Herdeiros da terra prometida: discursos, práticas e representações da Comissão Pastoral da Terra e do Movimento dos Sem Terra nas décadas de 1980/1990. 2012. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2012.

DEBIASI, Rose Elke. Migração, memória e militância: a estruturação do MST no Nordeste brasileiro (1985-1995). Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2016. 313 p.

DEBIASI, Rose Elke. O debate sobre a política de desloca- mento de militantes do MST (1985-1993). In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO TEMPO PRESENTE, 3., 2017, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis: UDESC, 2017.

FERNANDES, Bernardo Mançano. Formação e territorialização do MST no Brasil. In: CARTER, Miguel (org.). Combatendo a desigualdade: o MST e a reforma agrária no Brasil. Tradução Cristina Yamagami. São Paulo: UNESP, 2010. p. 161-198.

FERREIRA, Marieta de Moraes (org.). História Oral: desafios para o século XXI. In: JOUTARD, Philippe. Desafios à História do século XXI. Rio de Janeiro: Fio Cruz: Casa de Oswaldo Cruz: CPDOC: Fundação Getúlio Vargas, 2000. p. 31-47.

https:// doi.org/10.7476/9788575412879.

Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/Relat%C3%B3rio%20Final%20Comiss%C3%A3o%20Camponesa%20da%20Verdade%20-%20 09dez2014.pdf. Acesso em: 6 jun. 2018.

CONFERÊNCIA GERAL DO EPISCOPADO LATINO- AMERICANO, 3., 1978, Puebla. Conclusiones de Puebla de los Ángeles. Puebla: 1979.

Disponível em: https://w2.vatican.va/ content/john-paul-ii/pt/speeches/1979/january/documents/hf_jp- ii_spe_19790128_messico-puebla-episc-latam.html. Acesso em: 6 jun. 2018.

LÖWY, Miguel. Marxismo e Teologia da Libertação. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1991.

MAESTRI, Mário. A aldeia ausente: Índios, caboclos, cativos, moradores e imigrantes na formação da classe camponesa brasileira. In: STEDILE, João Pedro (org.). A questão agrária no Brasil 2. São Paulo: Expressão Popular, 2005.

MEDEIROS, Leonilde Servolo de. As novas faces do rural e a luta por terra no Brasil contemporâneo. Nómadas, Bogotá, n. 20, p. 210-218, 2004.

MEDEIROS, Leonilde Servolo de. História dos movimentos sociais no campo. Rio de Janeiro: Fase, 1989.

MEDEIROS, Leonilde Servolo de. Movimentos sociais no campo, lutas por direitos e reforma agrária na segunda metade do século XX. In: CARTER, Miguel (org.). Combatendo a desigualdade: o MST e a reforma agrária no Brasil. Tradução Cristina Yamagami. São Paulo: UNESP, 2010. p. 113-136.

MENDONÇA, Sonia Regina de; STEDILE, João Pedro (org.). A questão Agrária no Brasil 5 – A classe dominante agrária: natureza e comportamento – (1964-1990). São Paulo: Expressão Popular, 2006.

MOTTA, Márcia. O atraso da História: campesinato e engajamento (1964-1996). Passagens, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 4-24, jan./abr. 2014.

Disponível em: http://www.historia.uff.br/revistapassagens/artigos/v6n1a12014.pdf. Acesso em: 7 jun. 2018.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA (MST). Plano Nacional do MST (1989-1993). Caderno de Formação, n. 17. São Paulo: MST, 1989.

POLLAK Michel. Memória e identidade social. Estudos His- tóricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, p. 200-212, 1992.

PRIORI, Angelo. A revolta camponesa de Porecatu. In: PRIORI, Angelo et al. História do Paraná: séculos XIX e XX [online]. Maringá: Eduem, 2012. p. 129-141.

Disponível em: http://books. scielo.org/id/k4vrh/pdf/priori-9788576285878-11.pdf. Acesso em: 7 abr. 2018.

SANTOS, José Alcides Figueiredo. Estrutura de posições de classe no Brasil. Mapeamento, mudanças e efeitos na renda. Belo Horizonte: UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2002.

SCHREINER, David Félix. Entre a exclusão e a utopia: um estudo sobre os processos de organização da vida cotidiana nos assentamentos rurais (Região Sudoeste/Oeste do Paraná). USP, 2012. 461 f. Tese (Doutorado em História Social) – Programa de Pós-Graduação em História Social, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 2012.

SOUZA, José Carlos Lima de. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) – O moderno príncipe educativo brasileiro na história do tempo presente. UFF, 2008. 260 f. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2008.

JORNAL SEM TERRA. [S.l.], n. 81, mar. [1989b].

THOMSON, A. Histórias (co)movedoras: História Oral e estudos de migração. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 22, n. 44, p. 341-364, 2002.

WOLFORD, Wendy. Assentamentos do MST em Pernambuco: identidade e resistência. In: CARTER, Miguel (org.). Combatendo a desigualdade: o MST e a reforma agrária no Brasil. Tradução Cristina Yamagami. São Paulo: UNESP, 2010. p. 373-394.

Downloads

Publicado

2019-03-22

Como Citar

Debiazi, R. E. (2019). Percepções sobre a violência no processo de estruturação do MST no Nordeste brasileiro (1985-1995). Estudos Ibero-Americanos, 45(1), 104–114. https://doi.org/10.15448/1980-864X.2019.1.31379

Edição

Seção

Dossiê: Direitos Humanos, História e Memória (1968-2018)