Florística e estrutura do componente arbóreo da floresta ribeirinha do arroio Imbaá, Pampa Brasileiro

Autores

  • Gustavo Maia Leão

Palavras-chave:

Fitossociologia. Mata Ciliar. Bioma Pampa. Fitogeografia.

Resumo

Florestas ribeirinhas possuem extrema importância ecológica, funcionando como corredores biológicos, assegurando o fluxo gênico das populações e mantendo a homeostasia dos recursos hídricos adjacentes. Tais formações apresentam marcantes variações na composição florística e na estrutura comunitária, sendo ambientes constantemente marcados pela inundação temporária que age como fator ambiental seletivo para as espécies. Mesmo sendo áreas prioritárias à conservação, devido a sua fragilidade e importância, poucos estudos vêm sendo desenvolvidos nesses ambientes, em especial no Rio Grande do Sul. O objetivo do presente estudo é descrever a composição florística, a estrutura fitossociológica bem como discutir a fitogeografia das espécies encontradas em fragmentos de floresta ribeirinha do arroio Imbaá em Uruguaiana, RS, Brasil. O estudo estendeu-se de janeiro de 2009 a agosto de 2009. Para o levantamento florístico e estrutural, foram demarcadas 45 unidades amostrais de 10×10m cada (0,45ha.), dispostas paralelamente ao curso do rio, onde todos os indivíduos arbóreos vivos com PAP > 15cm foram amostrados. Foram amostrados 821 indivíduos que pertencem a 39 espécies, 33 gêneros distribuídos em 21 famílias. A família Myrtaceae obteve a maior riqueza em espécies (6), seguida pelas famílias Sapotaceae (4), Euphorbiaceae (3), Lauraceae (3) e Sapindaceae (3). As espécies que apresentaram os maiores VI foram Pouteria gardneriana (DC.) Radlk. (18,57%), Scutia buxifolia Reissek. (11,38%) e Sebastiania commersoniana (Baill.) Smith & Downs (6,91%). O índice de diversidade de Shannon (H’) foi 2,77 nats/indivíduos e a equabilidade de Pielou (J’) foi de 0,76 nats/indivíduos, valores considerados altos em relação a outros estudos semelhantes realizados em florestas ribeirinhas no Estado. A maioria das espécies amostradas (54%) provém do oeste do Estado, características das bacias do Paraná-Uruguai, enquanto que 46% são de ampla distribuição.

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Como Citar

Leão, G. M. (2010). Florística e estrutura do componente arbóreo da floresta ribeirinha do arroio Imbaá, Pampa Brasileiro. Revista Da Graduação, 3(1). Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/graduacao/article/view/6728

Edição

Seção

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras - Campus Uruguaiana