Tempo da leitura silenciosa e em voz alta com jovens, envelhescentes e pessoas da terceira idade

Autores

  • Maria Augusta Rocha Porto Universidade Federal de Sergipe, SE
  • Raquel Meister Ko. Freitag Universidade Federal de Sergipe, SE http://orcid.org/0000-0002-4972-4320
  • Julian Tejada Universidade Federal de Sergipe, SE

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7726.2018.1.28670

Palavras-chave:

Tempo de leitura, Envelhecimento, Rastreamento ocular

Resumo

Este estudo visa aferir o tempo de leitura, em português e em inglês, de modo
silencioso e em voz alta, e o controle do movimento ocular (quantidade e duração das fixações e regressões), com três grupos experimentais (10 de cada): jovens, envelh escentes e terceira idade, com o uso de aparelho de eye-tracking EyeTribe. Os resultados apontam que o grupo de participantes jovens se diferenciou dos outros dois grupos, com tempo de 200 a 250ms. O grupo de jovens obteve um tempo maior no inglês do que na leitura em português. Os participantes da terceira idade apresentaram um número muito maior estabelecido ao padrão de leitura de 500ms, apresentando um valor de 600-650ms. Nos textos de inglês, o tempo foi maior entre as três categorias. Os participantes leram os textos em inglês e em voz silenciosa mais rápido do que os textos em voz alta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALTMANN, Gerry, et al.. Avoiding the garden path: Eye movements in context. Journal of Memory and Language, v. 31, n. 5, p. 685-712, 1992.

BIALYSTOK, Ellen, et al. Dual-modality monitoring in a classification task: The effects of bilingualism on aging. The Quaterly Journal of Experimental Psychology, v. 59, n. 11, p. 1968-1983, 2006.

BIALYSTOK, Ellen. Bilingualism in Development: Language, Literacy & Cognition. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico – 2010. Rio de Janeiro: IBGE. Disponível em:<https://censo2010.ibge.gov.br/>. Acesso em: 15 jul. 2016.

COLTHEART, Max et al. DRC: a dual route cascaded model of visual word recognition and reading aloud. Psychological review, v. 108, n. 1, p. 204-256, 2001.

DEHAENE, Stanislas. Os neurônios da leitura: como a ciência explica a nossa capacidade de ler. Tradução: Leonor Scliar Cabral, Porto Alegre: Penso, 2012.

FRAZIER, Lyn; RAYNER, Keith. Making and correcting errors during sentence comprehension: Eye movements in the analysis of structurally ambiguous sentences. Cognitive Psychology, v. 14, n. 2, p. 178-210, 1982.

FUNKE, Gregory et al. Which Eye Tracker Is Right for Your Research? Performance Evaluation of Several Cost Variant Eye Trackers. In: Proceedings of the Human Factors and Ergonomics Society Annual Meeting. Los Angeles: SAGE Publications, 2016. p. 1240-1244.

GOODMAN, Kenneth S. Reading: A psycholinguistic guessing game. In: GOODMAN, Kenneth S.; GOODMAN, Yetta M. (Org.). Making sense of learners making sense of written language: The selected works of Kenneth S. Goodman and Yetta M. Goodman. Routledge, 2014. p. 115-124.

LABERGE, David; SAMUELS, S. Jay. Toward a theory of automatic information process in reading. Cognitive Psychology, v. 6, n. 2, p. 293-323, 1974.

LENT, Robert. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Atheneu, 2005.

MORAIS, José. A arte de ler. São Paulo: EdUnesp, 1996.

OBLER, Loraine K.; PEKKALA, Seija. Language and Communication in Aging. In: STEMMER, Brigitte; WHITAKER, Harry A. (Org.). Handbook of the Neuroscience of Language. London: Academic Press, 2008. p. 351-358.

OOMS, Kristien et al. Accuracy and precision of fixation locations recorded with the low-cost Eye Tribe tracker in different experimental setups. Journal of eye movement research, v. 8, n. 1, p. 1-24, 2015.

PERFETTI, Charles; STAFURA, Joseph. Word knowledge in a theory of reading comprehension. Scientific Studies of Reading, v. 18, n. 1, p. 22-37, 2014.

PORTO, Maria Augusta Rocha. Um ensino do idioma inglês: seu papel na inclusão social. Interdisciplinar: Revista de Estudos de Língua e Literatura, v. 17, p. 469-478, 2012.

RAYNER, Keith et al. Eye movements as reflections of comprehension processes in reading. Scientific studies of reading, v. 10, n. 3, p. 241-255, 2006.

RAYNER, Keith; JUHASZ, Barbara J.; POLLATSEK, Alexander. Movimentos Oculares durante a leitura. In: SNOWLING, Margaret J.; HULME, Charles (Org.). A ciência da leitura. Porto Alegre: Penso, 2013. p. 97-116.

RAYNER, Keith; SERENO, Sara C. Regressive eye movements and sentence parsing: On the use of regression-contingent analyses. Memory & Cognition, v. 22, n. 3, p. 281-285, 1994.

RAYNER, Keith. Eye Movements in Reading and Information Processing: 20 Years of Research. Psychological Bulletin, n. 124, p. 372-422, 1998.

SCHLEGEL, Alexander A.; RUDELSON, Justin J.; TSE, Peter U. White matter structure changes as adults learn a second language. Journal of cognitive neuroscience, v. 24, n. 8, p. 1664-1670, 2012.

TOMITCH, Leda Maria Braga. A implementação de processos de leitura no cérebro humano: desvelando a compreensão leitora. Letras de Hoje, v. 48, n. 3, p. 309-315, 2013.

VONK, Wietske; COZIJN, Reinier. On the treatment of saccades and regressions in eye movement measures of reading time. In: RADACH, Ralph; HYONA, Jukka; DEUBEL, Heiner (Org.) The mind's eye: Cognitive and applied aspects of eye movement research. London: Elsevier, 2003. p. 291-311.

Downloads

Publicado

2018-06-05

Como Citar

Porto, M. A. R., Freitag, R. M. K., & Tejada, J. (2018). Tempo da leitura silenciosa e em voz alta com jovens, envelhescentes e pessoas da terceira idade. Letras De Hoje, 53(1), 100–108. https://doi.org/10.15448/1984-7726.2018.1.28670

Edição

Seção

Linguagem na perspectiva da Psico/Neurolinguística e da Neurociência Cognitiva

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)