A concepção de demanda em saúde mental na Atenção Primária à Saúde

Autores

  • Tamara Alexandra Arias Schutel Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
  • Jeferson Rodrigues Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
  • Girlane Mayara Peres Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2015.2.20167

Palavras-chave:

demanda, saúde mental, Atenção Primária à Saúde.

Resumo

Objetivo: Analisar a concepção de demanda em saúde mental na Atenção Primária à Saúde.
Materiais e Métodos: Dados oriundos de uma revisão integrativa de literatura. A busca foi realizada em quatro bases de dados interdisciplinares, LILACS, Scielo Brasil, Index Psi e BDENF. Foi realizado o cruzamento de 30 descritores relacionados à temática abordada, resultando em 190 artigos dos quais foram selecionados 14 a partir dos critérios de inclusão e exclusão.
Resultados: Os dados foram sistematizados em duas categorias de análise: a) concepção interparadigmática de demanda em saúde mental na Atenção primária à Saúde e b) desafios para respostas às demandas em saúde mental na Atenção Primária à Saúde.
Conclusão: Constatou-se que as concepções de saúde mental na Atenção Básica estão pautadas nos manuais clínicos de inferência biomédica, trazendo à tona a prioridade em rever a concepção de demanda em saúde mental para a consolidação da reforma psiquiátrica e a prática profissional.

Biografia do Autor

Tamara Alexandra Arias Schutel, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Assistente social. Especialista em Saúde da Família / modalidade residência. Universidade Federal de Santa Catarina

Jeferson Rodrigues, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Enfermeiro. Doutor em Enfermagem pelo PEN/UFSC. Especialista em Atenção Psicossocial. Professor Adjunto II do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina

Girlane Mayara Peres, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Psicóloga. Mestre profissional em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela UFSC.  Especialista clínica em terapia relacional sistemica.

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Publicado

2015-09-17

Edição

Seção

Artigos de Revisão