Sentimento de mulheres mastectomizadas acerca da autoimagem e alterações na vida diária

Autores

  • Elenir de Araújo Lago Universidade Federal do Piauí
  • Nathalia Kelly de Souza Andrade Universidade Federal do Piauí
  • Inez Sampaio Nery Universidade Federal do Piauí
  • Fernanda Valéria Silva Dantas Avelino Universidade Federal do Piauí

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2015.1.18648

Palavras-chave:

Mastectomia. Emoções. Imagem corporal. Enfermagem.

Resumo

Objetivo: Analisar os sentimentos das mulheres frente a autoimagem e às mudanças no cotidiano após a cirurgiade mastectomia.
Materiais e Métodos: Estudo realizado no ambulatório do hospital referência em Teresina-PI, trata-se de umapesquisa qualitativa, com aplicação de roteiro semiestruturado em dez mulheres mastectomizadas em tratamento oncológico no período entre novembro de 2010 e janeiro de 2011. As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra e optou-se pela análise temática segundo Bardin.
Resultados: O perfil levantado foi de mulheres com idade acima de 40 anos, predominantemente aposentadas, do lar, católicas e casadas. A vivência pós mastectomia está associada à baixa estima, não sentir-se mulher e ausência do
significado de vida. Referiram ainda o abandono ou a redução de suas atividades domésticas ou laborais, impostas pelas limitações da mastectomia.
Conclusão: A mastectomia gera um misto de sentimentos e altera a imagem corporal, autoestima, relações sociais e cotidianas.

Biografia do Autor

Nathalia Kelly de Souza Andrade, Universidade Federal do Piauí

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Atua principalmente nos temas relacionados com a enfermagem, nas áreas de saúde da mulher, violência e cuidar.

Inez Sampaio Nery, Universidade Federal do Piauí

Possui Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (1971), Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ/Escola de Enfermagem Ana Nery/EEAN (1980), Doutorado em Enfermagem pela UFRJ/EEAN (2000), Livre Docente pela Universidade do Rio de Janeiro/UNIRIO em 1991. Especialista em Metodologia do Ensino da Assistência de Enfermagem, Terapia Naturista, Produtos Naturais, Administração Hospitalar, Formação em Acupuntura pelo Centro de Acupuntura e Terapias Alternativas/CEATA-SP. Atualmente é Professora Associado III, Chefe do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí, Docente da Graduação em Enfermagem, da Pós-Graduação - Latu Senso em Enfermagem Obstétrica e Stricto Senso: Programa Mestrado em Enfermagem e de Políticas Públicas/UFPI. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre o Cuidar Humano e Enfemagem, Presidente da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras - ABENFO Piauí, Consultora ah doc do CNPq, MEC, Pró-equidade de gênero/SPM e FAPEPI.Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Saúde da Mulher, Saúde Reprodutiva e Enfermagem Obstétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: Saúde da Mulher e as Políticas Públicas, Gênero e Violência, Processo de Cuidar em Enfermagem e Saúde, Mortalidade Materna, Aborto, Assistência à Mulher no Ciclo Gravídico Puerperal, Enfermagem Ginecológica e outros.

Fernanda Valéria Silva Dantas Avelino, Universidade Federal do Piauí

Possui graduação em ENFERMAGEM pela Universidade Federal do Piauí (1991), Mestrado e Doutorado em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Piauí (UFPI) . Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem, atuando principalmente nos seguintes temas: saude dos grupos humanos, enfermagem e família, saúde da mulher, urgência e emergência, saúde do adulto, sistematização da assistência de enfermagem e ensino.

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Publicado

2015-06-08

Edição

Seção

Artigos Originais