Perfil e distribuição espacial da sífilis congênita em Sobral-CE no período de 2007 a 2013

Autores

  • Ilana Marques Rodrigues Universidade Estadual Vale do Acaraú
  • Marcos Aguiar Ribeiro Universidade Estadual Vale do Acaraú/Universidade Federal do Ceará
  • Izabelle Mont’Alverne Napoleão Albuquerque Universidade Estadual Vale do Acaraú
  • Lívia Karla Sales Dias Universidade Federal do Ceará
  • Nara Luana Trajano Aguiar Universidade Estadual Vale do Acaraú
  • Danyella dos Santos Lima Universidade Estadual Vale do Acaraú

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2018.2.26316

Palavras-chave:

sífilis congênita, sistemas de informação geográfica, saúde coletiva.

Resumo

Objetivo: Analisar a distribuição espacial da sífilis congênita no Sistema Municipal de Saúde de Sobral/CE, utilizando técnicas de geoprocessamento.

Materiais e Métodos: Estudo de abordagem quantitativa do tipo epidemiológico ecológico-transversal com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, sobre sífilis congênita no período de 2007 a 2013. Para o processamento das informações foi utilizado o software EpiInfo® que possibilitou as tabulações e mapeamento dos dados coletados cuja análise se deu por meio de medidas de frequências.

Resultados: Evidencia-se um considerável aumento do percentual dos casos de sífilis congênita no período do estudo apesar da crescente cobertura do Pré-Natal. No que se refere a distribuição espacial, comprova-se por meio dos mapas que nas regiões onde as condições socioeconômicas da população são desfavoráveis ocorrem aglomerados de casos de sífilis congênita. Estas regiões estão localizadas predominantemente nas periferias da cidade.

Conclusão: A partir do estudo revelam-se alguns pontos frágeis da assistência e prevenção da sífilis, tais como a investigação inadequada dos casos de sífilis na gravidez, o tratamento inadequado da gestante e a não realização do tratamento do parceiro. Assim, o geoprocessamento da sífilis congênita é uma ferramenta tecnológica relevante, pois contribui para a prevenção, vigilância e controle da mesma, de forma que possibilita análise dos determinantes envolvidos no processo saúde-doença.

Biografia do Autor

Ilana Marques Rodrigues, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Enfermeira. Especialista em Saúde do Trabalhador. Membro do Observatório de Pesquisas para o SUS

Marcos Aguiar Ribeiro, Universidade Estadual Vale do Acaraú/Universidade Federal do Ceará

Graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Especialista em Gestão da Saúde e Auditoria pela Faculdade Padre Dourado. Mestrando pelo Programa de Pós-graduação em Saúde da Família da Universidade Federal do Ceará (UFC). Docente Colaborador do curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Tutor do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde/GraduaSUS (Secretaria de Saúde de Sobral/UVA/UFC). Membro do Grupo de Pesquisa: Observatório de Pesquisas para o SUS (Diretório dos Grupos de Pesquisano Brasil, CNPq).

Izabelle Mont’Alverne Napoleão Albuquerque, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. Docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Vice-reitora e Docente do Mestrado Acadêmico em Saúde da Família da Universidade Federal do Ceará. Docente do Mestrado Profissional em Saúde da Família da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (RENASF/FIOCRUZ). Lider do Observatório de Pesquisas para o SUS.

Lívia Karla Sales Dias, Universidade Federal do Ceará

Enfermeira. Mestre em Saúde da Família pela Universidade Federal do Ceará. Membro do Observatório de Pesquisas para o SUS

Nara Luana Trajano Aguiar, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Bolsista de Iniciação Científica CNPq. Discente de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú

Danyella dos Santos Lima, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Enfermeira graduada pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. Membro do Observatório de Pesquisas para o SUS

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Publicado

2018-08-21

Edição

Seção

Artigos Originais