Uso de rastreadores para detecção de eventos adversos aos medicamentos em hospital universitário

Autores

  • Leticia dos Santos Sanches Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Fabíola Giordani Universidade Federal Fluminense http://orcid.org/0000-0003-2919-856X
  • Jakeline Liara Teleken Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Ana Flávia Gallas Leivas Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Raysa Cristina Schmidt Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Jessica Cristina Balbinot Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Anna Paula Moreira Garbuio Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Simone Cavalli Pianna Universidade Estadual do Oeste do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2016.3.24345

Palavras-chave:

Sistemas de Notificação de Reações Adversas a Medicamentos. Monitoramento de Medicamentos. Hospitais. Hospitalização.

Resumo

Objetivo: Identificar eventos adversos a medicamentos (EAM) em pacientes adultos internados nas clínicas médica e cirúrgica em um hospital universitário, bem como caracterizar esses eventos.
Materiais e Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo em um hospital universitário. A amostra foi constituída pelos prontuários dos pacientes internados nas clínicas médica e cirúrgica entre outubro de 2010 e janeiro de 2011. Para identificação dos EAM aplicou-se um conjunto de rastreadores que são condições que podem indicar que um EAM ocorreu e tornam a revisão do prontuário mais objetiva e direcionada. Esses rastreadores podem ser um exame laboratorial alterado, o uso de um antídoto, ou uma condição clínica.
Resultados: O grupo de estudo foi constituído de 263 pacientes, dos quais 58 (22,1%) tiveram ao menos um EAM durante a internação e 83 EAM foram identificados, resultando em uma taxa de 31,5 EAM por 100 pacientes. Os eventos mais frequentes foram náusea e vômito, erupções cutâneas e prurido e hipocalemia. Quanto aos medicamentos imputados o tramadol foi o mais frequentemente relacionado aos eventos. Os eventos foram mais presentes em pacientes com internação com caráter de urgência/emergência, que possuíam uma ou mais comorbidades. Ainda, pacientes com eventos apresentaram um tempo médio de internação mais prolongado. 
Conclusão: O uso de rastreadores para identificar EAM apresenta-se como estratégia útil, com a qual foi possível identificar que 22,1% dos pacientes apresentaram EAM durante a internação. Tal estratégia de identificação de eventos é passível de ser implementada pelos núcleos de segurança do paciente de instituições hospitalares.

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Publicado

2016-11-24

Edição

Seção

Artigos Originais