Vínculo na balança: a relação mãe-filho influenciando o tratamento da obesidade infantil
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-652X.2016.3.21413Palavras-chave:
criança, obesidade, tratamento.Resumo
Introdução: A obesidade vem sendo alvo crescente de estudos em todo o mundo, principalmente no que trata sobre a obesidade infantil.
Objetivos: Contribuir para uma melhor compreensão a respeito do vínculo entre mãe e filho na adesão ao tratamento da obesidade infantil.
Materiais e Métodos: Foram entrevistadas sete mães de crianças obesas, todas usuárias do Ambulatório de Nutrição, localizado no sul do Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas e o material foi submetido a análise de conteúdo.
Resultados: Após análise e categorização dos dados provenientes das entrevistas foram identificados três eixos temáticos, a saber: 1) cuidados com a riança; 2) trajetória dos vínculos e 3) dificuldade de a mãe perceber o peso da criança. Esses eixos nortearam a discussão sobre a atenção à saúde da criança com excesso de peso neste estudo. Foi demonstrado que a ligação materna influencia negativamente sobre a adesão, já que não há uma única forma de estabelecer essa relação. Pode ser visto que, embora não haja uma única forma de estabelecer o vínculo materno, teve uma influência negativa sobre a adesão ao tratamento.
Conclusão: No final do estudo, pode-se perceber que o vínculo materno influencia na adesão ao tratamento, mas, não há uma maneira simples para estabelecer esta ligação, por conseguinte, não há um tratamento mais eficiente ou mais correto, este dependerá de cada paciente e como mãe e filho interagem diante de situações.
Referências
Tavares T. Obesidade e qualidade de vida: revisão da literatura. Rev Méd Minas Gerais. 2010;20(3):359-66.
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Cadernos de Atenção Básica. Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Obesidade na infância e adolescência: manual de orientação. São Paulo: SBP; 2012.
Setzer V. Efeitos negativos dos meios eletrônicos em crianças, adolescentes e adultos [Internet]. 2012 [cited 2016]. Available from: http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/efeitos-negativos-meios.html
Moraes P, Dias C. Nem só de pão de vive: a voz das mães na obesidade infantil. Psicol Ciênc Prof. 2013;33(1):46-59. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932013000100005
Bowlby J. Apego e perda: separação, angustia e raiva. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes; 2004.
Brenner C. Noções básicas de psicanálise: introdução à psicologia psicanalítica. Rio de Janeiro: Editora Imago; 1987.
Weber L, Prado P, Viezzer A, Brandenburg O. Identificação de estilos parentais: o ponto de vista dos pais e dos filhos. Psicol Reflex Crít. 2004;17(3):323-31. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722004000300005
Minayo M. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 11ª ed. São Paulo: Hucitec; 2000.
Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1979.
Winnicott D. Os bebês e suas mães. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes; 2013.
Wagner M, Oliveira M. Habilidades sociais e abuso de drogas em adolescentes. Psicol Clín. 2007;19(2):101-16. http://dx.doi.org/10.1590/s0103-56652007000200008
Carmona E, Coca K, Vale I, Abrão A. Conflito no desempenho do papel de mãe em estudos com mães de recém-nascidos hospitalizados: revisão integrativa. Rev Esc Enferm USP. 2012; 46(2):505-12. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342012000200032
Santos L, Rabinovich E. Situações familiares na obesidade exógena infantil do filho único. Saúde Soc. 2011;20(2):507-21. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902011000200021
Spada P. Obesidade infantil: aspectos emocionais e vínculo mãe/filho. Rio de Janeiro: Editora Revinter; 2005.
Parizkavá J, Hills A. Childhood obesity: prevention and treatment. Florida: CRC Press; 2005.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
DIREITOS AUTORAIS
A submissão de originais para a Ciência & Saúde implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Ciência & Saúde como o meio da publicação original.
LICENÇA CREATIVE COMMONS
Em virtude de ser uma revista de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações científicas e educacionais, desde que citada a fonte. De acordo com a Licença Creative Commons CC-BY 4.0, adotada pela Ciência & Saúde o usuário deve respeitar os requisitos abaixo.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercialmente.
Porém, somente de acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira que a Ciência & Saúde apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.
Para mais detalhes sobre a licença Creative Commons, siga o link no rodapé desta página eletrônica.