Ganho de peso e alterações metabólicas em camundongos submetidos à dieta hiperlipídica

Autores

  • Juliana Lopes Pereira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Priscilla Cristovam Sampaio e Souza Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Vivian Izumi Shinzato Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Sandramara Sasso Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Bruna Larissa Spontoni do Espírito Santo Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Lidiani Figueiredo Santana Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Tamy Ingrid Restel Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Karine De Cássia Freitas Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2018.1.27672

Palavras-chave:

modelos animais, obesidade, transtornos do metabolismo da glicose, transtornos do metabolismo dos lipídeos.

Resumo

Objetivo: Avaliar a eficiência da dieta hiperlipídica na indução da obesidade e nas alterações do metabolismo da glicose e dos lipídeos, em camundongos C57BL/6.

Materiais e Métodos: Utilizou-se 19 camundongos C57BL/6, divididos em grupo controle (dieta comercial; n=9) e experimental (dieta hiperlipídica; n=10). Foi mensurado o consumo de ração e ganho de peso durante 12 semanas, e calculado o Coeficiente de Eficiência Alimentar (CEA) e Índice Aterogênico. Foi realizado o Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG), e construída a curva glicêmica, sendo verificada a área sobre a curva (AUC). Foram dissecados o fígado e os sítios de tecido adiposo (TA), feita análise histológica do fígado e TA epididimal, calculado o Índice de Adiposidade (IA%) e mensurada a concentração do colesterol total e frações, glicose e triglicerídeos séricos.

Resultados: O grupo experimental apresentou menor consumo de ração (p<0,001) e maior ganho de peso total (p=0,001) e CEA (p<0,001). Observou-se aumento no TA epididimal (p<0,001), retroperitoneal (p<0,001), mesentérico (p=0,002) e perirrenal (p=0,012), gordura total (p<0,001) e IA% (p<0,001) no grupo experimental. O colesterol total foi maior no grupo experimental (p=0,025) e o HDL menor no controle (p=0,005). A área dos adipócitos do grupo experimental foi maior que do controle (p=0,049). Nos demais parâmetros não houve diferença significante entre os grupos.

Conclusão: Este modelo induziu a obesidade em um curto período de tempo e promoveu aumento da adiposidade visceral, com dieta de baixo custo. São necessários outros estudos visando melhorar sua eficiência e alterar de forma completa os lipídeos sanguíneos e a glicemia nos camundongos C57BL/6.

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Publicado

2018-04-17

Edição

v. 11 n. 1 (2018)

Seção

Artigos Originais

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