A influência da atividade física na qualidade de vida de idosas

Autores

  • Michele Marinho da Silveira Faculdade Meridional. Professora no curso de Psicologia e Odontologia da IMED
  • Mirna Wetters Portuguez Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2017.4.26390

Palavras-chave:

envelhecimento, idosos, qualidade de vida, atividade física.

Resumo

Objetivo: Verificar a influência da prática de atividade física na qualidade de vida de idosas.

Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo com amostra de conveniência com 107 idosas de idade igual ou superior a sessenta anos pertencentes a grupos de convivência da região norte do Rio Grande do Sul, Brasil. Avaliaram-se os dados sociodemográficos, a atividade física e a qualidade de vida com escala WHOQOLBref, individualmente a cada idosa.

Resultados: A média de idade foi de 66,0±5,8 anos, as idosas praticavam atividade física regularmente, em média, 222,6±61,1 minutos semanais. O domínio físico apresentou o maior escore (70,9±16,3) e o meio ambiente o menor (67,2±13,9). Houve correlação entre o domínio físico frequência e tempo de atividade física, além de escolaridade, renda e autopercepção de saúde. O tempo de atividade física (beta=0,188; p=0,026) e a frequência (beta=0,191; p=0,023) se associaram com a qualidade de vida no domínio físico.

Conclusão: Observou-se que a maior frequência de atividade física está associada a maior pontuação no questionário WHOQOL-Bref.

Biografia do Autor

Michele Marinho da Silveira, Faculdade Meridional. Professora no curso de Psicologia e Odontologia da IMED

Fisioterapeuta. Professora na Faculdade Meridional. Doutora em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Mestre em Envelhecimento Humano pela Universidade de Passo Fundo.

Mirna Wetters Portuguez, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Psicóloga. Professora da Faculdade de Medicina e do curso de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Pesquisadora do Instituto do Cérebro da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Doutora em Neurociência pela Universidade Federal de São Paulo. Mestre em Lingüística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

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Publicado

2017-10-19

Edição

Seção

Artigos Originais