Fatores associados à hepatite viral A na Bahia no ano de 2014
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-652X.2017.3.24886Palavras-chave:
doenças transmissíveis, hepatite A, fatores de risco, notificação de doenças.Resumo
Introdução: A hepatite A constitui uma doença infecciosa que reflete as condições sanitárias da população, devendo, portanto, estar em constante monitoramento.
Objetivo: Analisar os fatores associados aos casos de Hepatite A notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no Estado da Bahia, no ano de 2014. Estimou-se a prevalência desta doença, apontando a relação desta com as características sociodemográficas e identificando as principais fontes de infecções associadas.
Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico de corte transversal de caráter exploratório cujo locus foi o Estado da Bahia. Fizerem parte deste estudo todos os casos de hepatites virais notificados no SINAN no ano de 2014. Realizou-se a análise descritiva univariada e analítica bivariada.
Resultados: A prevalência de hepatite viral do tipo A foi estimada em 29,9%. As variáveis associadas à hepatite A foram escolaridade ensino fundamental completo e incompleto, a faixa etária menor de 19 anos, as fontes de infecção domiciliar, pessoa a pessoa, água ou alimentos contaminados, realização de hemodiálise, não ser vacinado para hepatite A, a sorologia Anti-HBs – reagente e inconclusiva e a sorologia Anti-HCV – inconclusiva e não realizada.
Conclusão: Conclui-se que a hepatite A esteve associada a características sociodemográficas, individuais e clínicas. Isso requer ações e estratégias que favoreçam melhores condições de higiene e manuseio dos alimentos e da água, além do fornecimento de uma água segura e potável, controle alimentar e a vacinação em massa da população vulnerável por meio de campanhas e de orientações nas consultas diárias dos profissionais de saúde.
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