Mortalidade por doença cardíaca hipertensiva nas macrorregiões brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-652X.2017.2.24456Palavras-chave:
doença cardíaca hipertensiva, hipertensão, epidemiologia.Resumo
Introdução: As doenças cardiovasculares estão em primeiro lugar entre as causas de morte no Brasil. A doença cardíaca hipertensiva (DCH) descreve um espectro de resposta de órgãos-alvo, que inclui doença arterial coronariana, hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca e arritmias.Objetivo: Realizar uma análise epidemiológica da mortalidade por DCH nas macrorregiões brasileiras.
Materiais e Métodos: Estudo descritivo das taxas de mortalidade de base populacional com dados secundários e uma análise comparativa entre as macrorregiões brasileiras, utilizando as variáveis: sexo, faixa-etária, ano do óbito, cor/raça e escolaridade.
Resultados: Observou-se grande acréscimo nos coeficientes de mortalidade brutos a partir de 40 a 59 anos. A DCH acometeu principalmente pessoas pardas nas regiões norte, nordeste e centro-oeste e indivíduos brancos nas regiões sul e sudeste, provavelmente por maior predomínio desses fenótipos nas respectivas áreas. Quanto ao sexo, a mortalidade é elevada em ambos. O número de óbitos é inversamente proporcional à quantidade de anos de escolaridade em todas as regiões, sendo os maiores valores no grupo de analfabetos.
Conclusão: Observamos que com o aumento da idade há elevação do coeficiente de mortalidade, especialmente onde há maior precariedade na assistência à saúde, nas medidas de prevenção, controle e acompanhamento, além de repasse de recursos, a exemplo da região nordeste.
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