Vivências de homens frente ao diagnóstico de câncer de próstata

Autores

  • Stefanie Miranda Porto Universidade Federal de Goiás
  • Gabriela Borges Carvalho Universidade Federal de Goiás
  • Maira Julyê Mota Fernandes Universidade Federal de Goiás
  • Cintia Bragheto Ferreira Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2016.2.22225

Palavras-chave:

neoplasias da próstata, diagnóstico, masculinidade.

Resumo

Objetivo: Identificar e descrever as vivências de homens frente ao diagnóstico de câncer de próstata, assim como apresentar as estratégias de enfrentamento destes homens para lidarem com as repercussões do adoecimento.
Materiais e Métodos: Pesquisa qualitativa, com entrevistas semiestruturadas, que envolveu oito homens diagnosticados com câncer de próstata.
Resultados: A análise das entrevistas resultou em três eixos temáticos: a identidade masculina diante do adoecimento por câncer de próstata, o diagnóstico, e o tratamento e suas implicações. Os resultados evidenciaram que o diagnóstico de câncer de próstata despertou sentimentos de angústia e ansiedade nos participantes ao associarem a enfermidade à morte. Além disso, o adoecimento promoveu mudanças significativas na vida dos homens entrevistados, afetando suas identidades. Diante do sofrimento experimentado, buscaram apoio na família, nos médicos e na religiosidade/espiritualidade.
Conclusão: O sofrimento causado nos participantes a partir do diagnóstico de câncer de próstata, que foi enfrentado com o auxílio da família, dos médicos e da religiosidade/espiritualidade, mostra a importância de redes de suporte para o enfrentamento de problemas como o diagnóstico dessa enfermidade.

 

Biografia do Autor

Stefanie Miranda Porto, Universidade Federal de Goiás

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Goiás - Regional Jataí

Gabriela Borges Carvalho, Universidade Federal de Goiás

Graduanda do curso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás - Regional Jataí

Maira Julyê Mota Fernandes, Universidade Federal de Goiás

Graduanda do curso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás - Regional Jataí

Cintia Bragheto Ferreira, Universidade Federal de Goiás

Docente do curso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás - Regional Jataí

Referências

Moscheta MDS, Santos MA. Grupos de apoio para homens com câncer de próstata: revisão integrativa da literatura. Cienc Saúde Coletiva. 2012;17(5):1225–33. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000500016

Instituto Nacional do Câncer (BR). Tipos de câncer [Internet]. [acesso em 2016 abr. 22]. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/prostata+/definicao

Bertoldo SA, Pasquini VZ. Câncer de próstata: um desafio para a saúde do homem. Rev Enferm UNISA. 2010;11(2):138–42.

Instituto Nacional do Câncer (BR). Monitoramento das ações de controle do câncer de próstata [Internet]. [acesso em 2015 maio 23]. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/Informativo_Deteccao_Precoce_2_agosto_2014.pdf

Paiva EP, Motta MCS, Griep RH. Conhecimentos, atitudes e práticas acerca da detecção do câncer de próstata. ACTA Paul Enferm. 2010;23(1):88–93. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002010000100014

Modena CM, Martins AM, Gazzinelli AP, Schall VT. Câncer e masculinidades: sentidos atribuídos ao adoecimento e ao tratamento oncológico. Temas em Psicol. 2014;22(1):67–78. http://dx.doi.org/10.9788/TP2014.1-06

Vieira CG, Araújo WS, Vargas DRM. O homem e o câncer de próstata : prováveis reações diante de um possível diagnóstico. Rev Cient ITPAC. 2012;5(1):1–9.

Pinto BK, Muniz RM, Schwartz E, Budó MLD, Heck RM, Lange C. Identidade do homem resiliente no contexto de adoecer por câncer de próstata: uma perspectiva cultural. Rev Bras Enferm. 2014;67(6):942–8. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2014670612

Pinheiro TF, Couto MT, Silva GSN. Questões de sexualidade masculina na atenção primária à saúde: gênero e medicalização. Interface Comun Saúde Educ. 2011;15(38):845–58.

Belinelo RGS, Almeida SM, Oliveira PP, Onofre PSDC, Viegas SMDF, Rodrigues AB. Exames de rastreamento para o câncer de próstata: vivência de homens. Rev Enferm. 2014;18(4):697–704.

Gomes R. Sexualidade masculina e saúde do homem: proposta para uma discussão. Cienc Saúde Coletiva. 2003;8(3):825–9. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232003000300017

Vieira LJES, Santos ZMSA, Landim FLP, Neta CAS. Prevenção do câncer de próstata na ótica do usuário portador de hipertensão e diabetes. Cienc Saúde Coletiva. 2008;13(1):145–52. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000100019

Aquino VV, Zago MMF. The meaning of religious beliefs for a group of cancer patients during rehabilitation. Rev Lat Am Enfermagem. 2007;15(1):42-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692007000100007

Silva SDS, Aquino TAA, Santos RM. O paciente com câncer: cognições e emoções a partir do diagnóstico. Rev Bras Ter Cogn. 2008;4(2):73-88.

Veit MT, Carvalho VA. Psico-Oncologia: um novo olhar para o câncer. Mundo Saúde. 2010;34(4):526-30.

Aratangy LR. O anel que tu me deste: o casamento no divã. Artemeios. São Paulo: Sobral S; 2007.

Tagliamento G, Toneli MJF. (Não) trabalho e masculinidades produzidas em contextos familiares de camadas médias. Psicol Soc. 2010;22(2):345-54. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-71822010000200015

Chapple A, Ziebland S. Prostate cancer : embodied experience and perceptions of masculinity. Qual Health Res. 2012;22(9):1184-94.

Duarte LFD, Leal OF. Doença, sofrimento, perturbação: perspectivas etnográficas. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 1998.

Martins AM, Gazzinelli AP, Almeida SSL, Modena CM. Concepções de psicólogos sobre o adoecimento de homens com câncer. Psicol Teor Prat. 2012;14(2):74-87.

Mcnamee S, Hosking DM. Research and social change: a relational constructionist approach. New York: Routledge; 2012.

Spink MJP. Desvendando as teorias implícitas: uma metodologia de análise das representações sociais. In: Guareschi P, Jovchelovitch S, organizadores. Textos em representações sociais. Petrópolis: Vozes; 2000. p. 117-45.

Souza LMelo, Silva MP, Pinheiro IDS. Um toque na masculinidade: a prevenção do câncer de próstata em gaúchos tradicionalistas. Rev Gaúcha Enferm. 2011;32(1):151-8. http://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472011000100020

Sarti CA. A família como espelho: um estudo sobre a moral dos pobres. São Paulo. Cortez; 2005.

Faiman CJS. Psicoterapia em ambulatório de saúde do trabalhador: possibilidades e desafios [tese]. São Paulo: USP; 2012.

Almeida SSL. Adoecer por câncer [dissertação]: sentidos do cuidado, enfrentamento e bem-estar de homens e seus cuidadores. Belo Horizonte: FIOCRUZ; 2013.

Viorst J. Perdas necessárias.São Paulo: Melhoramentos; 1988.

Oliveira AP, Gomes AMTA. A estrutura representacional do câncer para os seus portadores: desvelando seus sentidos e dimensões. Rev Enferm UERJ. 2008;16(4):525-3.

Guimarães HP, Avezum A. O impacto da espiritualidade na saúde física. Rev Psiquiatr Clin. 2007;34(1):88–94. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832007000700012

Elmescany ENM. A arte na promoção da resiliência: um caminho de intervenção terapêutica ocupacional na atenção oncológica. Rev NUFEN. 2010;1(2):21-41.

Gontijo IBR, Ferreira CB. Sentimentos de mulheres jovens frente ao diagnóstico de câncer de mama feminino Feelings of young women facing diagnosis of female breast cancer. Ciênc Saúde (Porto Alegre). 2014;7(1):2-10.

Downloads

Publicado

2016-09-14

Edição

Seção

Artigos Originais