Vínculo na balança: a relação mãe-filho influenciando o tratamento da obesidade infantil

Autores

  • Tatiane Britto da Silveira Universidade Federal do Rio Grande
  • Camila Irigonhé Ramos Universidade Federal de Pelotas
  • Priscila Wittemberg Azevedo Universidade Federal do Rio Grande

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2016.3.21413

Palavras-chave:

criança, obesidade, tratamento.

Resumo

Introdução: A obesidade vem sendo alvo crescente de estudos em todo o mundo, principalmente no que trata sobre a obesidade infantil.
Objetivos: Contribuir para uma melhor compreensão a respeito do vínculo entre mãe e filho na adesão ao tratamento da obesidade infantil.
Materiais e Métodos: Foram entrevistadas sete mães de crianças obesas, todas usuárias do Ambulatório de Nutrição, localizado no sul do Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas e o material foi submetido a análise de conteúdo.
Resultados: Após análise e categorização dos dados provenientes das entrevistas foram identificados três eixos temáticos, a saber: 1) cuidados com a  riança; 2) trajetória dos vínculos e 3) dificuldade de a mãe perceber o peso da criança. Esses eixos nortearam a discussão sobre a atenção à saúde da criança com excesso de peso neste estudo. Foi demonstrado que a ligação materna influencia negativamente sobre a adesão, já que não há uma única forma de estabelecer essa relação. Pode ser visto que, embora não haja uma única forma de estabelecer o vínculo materno, teve uma influência negativa sobre a adesão ao tratamento.
Conclusão: No final do estudo, pode-se perceber que o vínculo materno influencia na adesão ao tratamento, mas, não há uma maneira simples para estabelecer esta ligação, por conseguinte, não há um tratamento mais eficiente ou mais correto, este dependerá de cada paciente e como mãe e filho interagem diante de situações.

Biografia do Autor

Tatiane Britto da Silveira, Universidade Federal do Rio Grande

Psicóloga, Especialista em Saúde da Família, Especialista em Atenção à Saúde da Criança, Mestranda em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

Camila Irigonhé Ramos, Universidade Federal de Pelotas

Nutricionista, Especialista em Saúde Pública, Especialista em Saúde da Família e Comunidade, Mestre em Nutrição e Alimentos. 

Priscila Wittemberg Azevedo, Universidade Federal do Rio Grande

Fisioterapeuta, Pós-Graduada em Traumato Ortopedia, Especialista em Informação e Tecnologia em Saúde, Mestranda em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

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Publicado

2016-11-24

Edição

Seção

Artigos Originais