Efeitos a curto prazo da plataforma vibratória e oscilatória em indivíduos saudáveis

Autores

  • Ulysses da Silva Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
  • Paula Caitano Fontela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Elenita Costa Beber Bonamigo Universidade do Estado de Santa Catarina, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
  • Eliane Roseli Winkelmann Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2015.3.20882

Palavras-chave:

equipamento, terapia por exercício, vibração, hemodinâmica.

Resumo

Introdução: As plataformas vibratória e oscilatória vêm sendo utilizadas como recurso terapêutico em diferentes populações. No entanto, seus efeitos hemodinâmicos, respiratórios e ventilatórios são pouco conhecidos.
Objetivo: Avaliar os efeitos hemodinâmicos, respiratórios e ventilatórios durante o exercício na plataforma nas modalidades vibratória e oscilatória em indivíduos saudáveis e comparar os efeitos entre as modalidades terapêuticas.
Materiais e Métodos: Foi realizado um ensaio clínico cruzado. A amostra foi constituída por dez indivíduos saudáveis, cinco homens e cinco mulheres, com idade entre 18 a 30 anos. Os indivíduos foram submetidos a um protocolo de exercício na plataforma vibratória e após na oscilatória, (com período de intervalo entre as modalidades), durante um período de nove minutos, sendo usadas três posições ortostáticas variando a flexão do joelho entre 120º, 150º e 180º, permanecendo um minuto em cada posição, repetindo-se três vezes a sequência de exercícios. Variáveis hemodinâmicas, respiratórias e ventilatórias foram coletadas no início, durante e após três minutos de recuperação do exercício.
Resultados: Verificou-se alterações fisiológicas durante o exercício nas variáveis hemodinâmicas (PAS e FC) e ventilatórias (VO2 e VCO2) nas plataformas vibratória e oscilatória. Ao comparar o exercício entre as modalidades da plataforma, observou-se que a oscilatória tende a provocar um maior aumento, comparada a vibratória, no VO2, VCO2 e potência circulatória. 
Conclusão: O exercício realizado nas duas modalidades de plataforma não apresentou alterações significativas, além das esperadas durante a realização de um exercício, nas respostas hemodinâmicas, respiratórias e ventilatórias em indivíduos jovens e saudáveis.

Biografia do Autor

Ulysses da Silva, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Fisioterapeuta egresso da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, RS, Brasil. 

Paula Caitano Fontela, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Fisioterapeuta egressa da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí; Mestranda do programa de Pós-Graduação em Ciências Pneumológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

Elenita Costa Beber Bonamigo, Universidade do Estado de Santa Catarina, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Fisioterapeuta, Mestre Docente do Departamento de Ciências da Vida da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, RS, Brasil. 

Eliane Roseli Winkelmann, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Fisioterapeuta, Doutora em Ciências da Saúde: Ciências cardiovasculares pela UFRGS; Mestre de Ciências Biológicas: Fisiologia pela UFRGS; Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória; Docente do Programa de Pós Graduação Latu Sensu Mestrado em Atenção Integral à Saúde -PPGAIS e do" do Departamento de Ciências da Vida - DCVida/UNIJUI.

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Publicado

2016-01-21

Edição

Seção

Artigos Originais