O significado e a vivência do abandono familiar para presidiárias

Autores

  • Amanda Costa Freitas de Jesus Universidade Estadual da Paraíba- UEPB http://orcid.org/0000-0002-2671-2263
  • Lannuzya Veríssimo e Oliveira Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN.
  • Eloide André Oliveira Universidade Estadual da Paraíba
  • Gisetti Corina Gomes Brandão Universidade Federal da Campina Grande
  • Gabriela Maria Cavalcanti Costa Universidade Estadual da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2015.1.19535

Palavras-chave:

Relação familiar. Mulheres. Prisões.

Resumo

Objetivo: Compreender o significado e a vivência do abandono familiar para presidiárias.
Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo descritivo e exploratório realizado em duas penitenciárias femininas da Paraíba, no período de julho a outubro de 2013. Para coleta de dados foram utilizados um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada realizada com 13 presidiárias. Os dados foram analisados conforme técnica da Análise de Conteúdo.
Resultados: Duas categorias foram evidenciadas: significado da família para presidiárias e abandono familiar.
Conclusão: Apreendeu-se que para as entrevistadas a família representa um importante suporte afetivo e elo social, de modo que o abandono familiar no período do aprisionamento associa-se ao sofrimento, ao desamparo e a solidão,
e vivenciá-lo interfere na qualidade de vida da presidiária, interferindo no processo de ressocialização.

Biografia do Autor

Amanda Costa Freitas de Jesus, Universidade Estadual da Paraíba- UEPB

Formação em Enfermagem (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Estadual da Paraíba. Especialização em andamento em Urgência e Emergência pela Universidade Integrada de Patos. Atuando como Enfermeira Coordenadora do Centro de Transplante Renal da Paraíba (ISAS).

Lannuzya Veríssimo e Oliveira, Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN.

Mestre em Saúde Pública pela Universidade de Estadual da Paraíba.Enfermeira graduada pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), especialista em Saúde da Família e em Saúde Mental. Desenvolve pesquisas na área de Saúde Penitenciária e Saúde Mental; e atualmente é integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde GPS/UEPB

Eloide André Oliveira, Universidade Estadual da Paraíba

Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade de Taubaté (1991) e mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (2002). Atualmente é professor titular da Universidade Estadual da Paraíba. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Clínica Cirurgica, Emergencia, Educação em Saúde e Sistematização de Enfermagem; atuando principalmente nos seguintes temas: saúde pública, assistencia de enfermagem, higiene, educação em saúde, SAE e terapia comunitária

Gisetti Corina Gomes Brandão, Universidade Federal da Campina Grande

Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual da Paraíba (1993) e Mestrado em Gestão Educacional pela Universidade Internacional (2002), doutoranda do Programa Interunidades da Universidade de São Pauo/ Ribeirão Preto-USP,do departamento de Saúde Coletiva da USP São Paulo - SP. Atualmente é professora assistente da Universidade Federal de Campina Grande -UFCG Paraíba, do setor de Saúde Coletiva, pesquisadora do grupo de pesquisa Enfermagem,Saúde e Sociedade / UFAL e estudante do grupo de pesquisa da USP: Avaliação de Necessidades de Saúde. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em : Políticas do Cuidado em Saúde, Políticas Públicas, Gestão,Co-gestão , Estratégia de Saúde da Família , Educação Permanente, Ensino e Humanização.

Gabriela Maria Cavalcanti Costa, Universidade Estadual da Paraíba

Possui graduação em Psicologia pelo Centro Universitário de João Pessoa (2002), graduação em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (1997),Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (2001) e Doutorado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (2007). Atualmente é professor titular da Universidade Estadual da Paraíba. Tem experiência na área de Saúde Coletiva e Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas:Política, planejamento e gestão de serviços de saúde; Avaliação de programas e serviços de atenção à saúde; Políticas e práticas da saúde e enfermagem em promoção à saúde ; Processo de saúde-doença humano e as práticas de cuidado, saúde penitenciária e assistência à pessoas com deficiência auditivas.

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Publicado

2015-06-08

Edição

Seção

Artigos Originais