O dever de resistir: sobre escolas, professores e sociedade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1981-2582.2018.1.29749

Palavras-chave:

Educação. Resistência. Qualificação. Socialização. Subjetivação.

Resumo

Nas sociedades contemporâneas existem muitas expectativas sobre o que as escolas devem fazer. Estas incluem a instrumentalização de crianças e jovens para o mundo do trabalho, a sua transformação em cidadãos democráticos ou a criação de uma sociedade coesa e inclusiva. O que une essas expectativas é que elas se aproximam da escola como uma espécie de instrumento para resolver problemas da sociedade. A escola é tratada como tendo uma função para a sociedade e, portanto, como uma instituição que deve ser funcional e útil para ela. O perigo dessa maneira de pensar é que outras questões – como o que a escola deve cuidar ou proteger – desaparecem facilmente do campo de visão. Neste artigo, explora-se como se pode responder à pergunta sobre qual é a “tarefa” especial e exclusiva da escola, argumentando que esta não deve ser vista apenas como tendo uma função para a sociedade, mas também como tendo um dever importante de resistir às demandas que a sociedade deseja que sejam atendidas.

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**** Bruno Antonio Picoli (tradutor)

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Biografia do Autor

Gert Biesta, Brunel University London

Professor de Educação no Departamento de Educação da Brunel University London. E-mail: [email protected]

Bruno Antonio Picoli, Universidade Federal da Fronteira Sul

Professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Chapecó; doutorando em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). E-mail: [email protected]

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Publicado

2018-05-29

Como Citar

Biesta, G., & Picoli, B. A. (2018). O dever de resistir: sobre escolas, professores e sociedade. Educação, 41(1), 21–29. https://doi.org/10.15448/1981-2582.2018.1.29749

Edição

Seção

Dossiê: A construção de profissionalidade: a pessoa em formação

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