Gastronomia sensual: análise simbólica de <i>A festa de Babette</i> e <i>Dona Flor e seus dois maridos</i>

Autores

  • Gilmar Rocha Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7289.2009.2.5746

Palavras-chave:

Cinema. Gênero. Comida. Sexualidade. Religiosidade

Resumo

O texto apresenta uma análise simbólica sobre a representação do gênero feminino dramatizada nos filmes Dona Flor e seus dois maridos (1976) e A festa de Babette (1987). Ambientados em contextos socio-históricos diferentes, tais filmes podem ser vistos como “etnografias” que falam do imaginário religioso e do ethos cultural protestante na Dinamarca de fins do século 19 e do sincretismo afro-brasileiro da primeira metade do século 20. O ponto de vista da antropologia simbólica, alimentada pelas contribuições teóricas de Clifford Geertz, Marcel Mauss, Victor Turner e Roberto DaMatta, orienta a interpretação dos filmes a partir dos códigos culturais da culinária (comida), da corporalidade (sexualidade) e da religiosidade (puritanismo e sincretismo). Destaca-se, nessas “etnografias fílmicas”, o modo como os sistemas da dádiva e da carnavalização que as estruturam convergem para um mesmo campo de significação. A estratégia metodológica adotada consiste em comparar os filmes tendo por base a estrutura conceitual dos “dramas sociais”.

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Biografia do Autor

Gilmar Rocha, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Doutor em Antropologia Cultural (IFCS-UFRJ). Professor do Departamento de Ciências Sociais e Colaborador do Programa de Pós-graduaçâo em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Cátólica de Minas Gerais

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Publicado

2009-12-10

Como Citar

Rocha, G. (2009). Gastronomia sensual: análise simbólica de <i>A festa de Babette</i> e <i>Dona Flor e seus dois maridos</i>. Civitas: Revista De Ciências Sociais, 9(2), 263–280. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2009.2.5746