O papel dos atores sociais do ambientalismo na reorganização das políticas públicas do Estado brasileiro: um estudo de caso a partir da análise sobre as diretrizes políticas de investimentos financeiros do Fundo Nacional de Meio Ambiente (1990-2001)

Autores

  • Agripa Faria Alexandre

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7289.2005.1.39

Resumo

As diretrizes políticas de investimentos financeiros do Fundo Nacional de Meio Ambiente (1990-2001) assentam-se em preocupações não apenas relacionadas com a preservação da natureza, podendo-se, a partir daí, qualificar outras práticas ecológicas que entidades verdes desenvolvem no Brasil. O critério da razoabilidade (Rawls) e o da comunicabilidade intersubjetiva (Habermas) nos sugerem que entender estas práticas é uma tarefa de natureza política e socialprática, e não metafísica e abstrata como está expressa no discurso corrente sobre a defesa da natureza e do desenvolvimento sustentável. Compreender pois a forma como valores ecológicos são assimilados e compartilhados na sociedade brasileira passa pelo entendimento da vida democrática. Estes dois critérios aduzem à preocupação do autor em fortalecer o aspecto político da definição dos temas públicos nacionais ligados à ecologia. Em paralelo, a epistemologia do pragmatismo daqueles dois teóricos referidos acima pode ser alinhada com os trabalhos de hermenêutica de Charles Taylor e Norbert Elias com o objetivo de sustentar uma forma de recepção da problemática ambiental que contempla as interferências culturais específicas atuando de modo diferencial e seletivo segundo a estrutura econômica e estatal do país. Palavras-chave: Ambientalismo; Políticas públicas; Fundo Nacional do Meio Ambiente.

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Publicado

2006-12-28

Como Citar

Alexandre, A. F. (2006). O papel dos atores sociais do ambientalismo na reorganização das políticas públicas do Estado brasileiro: um estudo de caso a partir da análise sobre as diretrizes políticas de investimentos financeiros do Fundo Nacional de Meio Ambiente (1990-2001). Civitas: Revista De Ciências Sociais, 5(1), 161–183. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2005.1.39