Hábito alimentar da sardinha prata, Lycengraulis grossidens (Spix & Agassiz, 1829), (Pisces, Engraulidae), Rio Uruguai médio, sudoeste do Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

  • Thiago Bortoluzzi
  • Alexandre da C. Aschenbrenner
  • Camila da R. da Silveira
  • Deise C. Roos
  • Evanhoé D. Lepkoski
  • Juliane A. Martins
  • Maykol G. Goulart
  • Enrique Querol
  • Marcus V. Querol

Resumo

A pesquisa foi desenvolvida no distrito de São Marcos, município de Uruguaiana, na bacia do rio Uruguai Médio, de abril 2003 a março de 2005. Foram examinados os estômagos de 585 indivíduos. Predominou o item alimentar peixe, sendo Bryconamericus stramineus com 27,12% (F) e 22,08% (ON), de 2003 a 2004 e 19,04% (F) e 3,23% (ON) para 2004 a 2005. O índice de repleção para os exemplares examinados no período de 2003 a 2004 foi de 36,84% de estômagos parcialmente cheios, 18,16% cheios e 45% vazios; para o período de 2004 a 2005 obtive-se 24,16% de estômagos parcialmente cheios, 16,43% cheios e 59,42% vazios. O item alimentar com maior ocorrência, considerando-se a biomassa total foi peixe (99,41%) no primeiro ano e 97,87% no segundo. Para o Quociente Estomacal (QE) do primeiro ano, o pico alimentar para machos e fêmeas, ocorreu em novembro, período da primavera e para o segundo, o pico alimentar para fêmeas deu-se em fevereiro e para os machos em março, ambos na estação de verão, sugerindo que seu período de maior atividade alimentar ocorre nas estações de primavera-verão, possivelmente influenciado pelas temperaturas. Os resultados sugerem que L. grossidens pode ser considerada essencialmente ictiófaga para a Bacia do rio Uruguai Médio. Palavras-chave: predação, dieta, Rio Uruguai, Uruguaiana, Brasil.

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